domingo, 19 de junho de 2011


Eu me escondi dentro das poesias mais obscuras de um livro roubado. Eu vi um mendigo e um moço, eu virei menino que chora, entortei algumas vidas. E falando de amor, eu vivi 5 de Setembro em Julho e mais um pedaço de inverno; eu troquei a primavera pela angústia de Outubro. Fiz bem quieto, com coração na mão dos outros. Porque chorar faz bem. Todo mundo rouba meu sorriso, talvez por isso eu não tenha nenhum pra mim. Ninguém cuida do que é dos outros, o que faz pensar que cuidariam da gente? Até Noel já não vem visitar, tira esse sonho da cabeça. Eu vivo na espera de um pôr do sol com cheiro de amor, de um abraço apertado que eu não peça, de um presente grande que só caberia no meu coração. Um envelope com cheiro de perfume velho, com pedaços do sentimento mais inventado que existe dentro da vida. E fora também. Tira essa coisa de amor de menina da cabeça, a vida machuca e sofrer é ideia à-toa. Plantar a semente não significa ver flores, tem que saber cuidar. É ligar a lanterna pra parar de sofrer sozinho no escuro. Porque o amor é nada mais que o caminho pro fim.

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